Parecia que ela não viria,
mas, quando já não se esperava,
por entre o vento que geme
a chuva espessa e fria,
ela desponta no horizonte,
espantando, para bem longe,
o inverno e seus agostos,
os dias sem riso no rosto,
as manhãs sem sol nas janelas
e nas almas.
Enfim, de novo se faz primavera,
inaugurando, dentro da gente,
um novo tempo, uma nova era,
onde seremos melhores,
mais fraternos e solidários,
esquecendo, nas garagens,
os automóveis,
utilizando, muito mais,
as próprias pernas,
o metrô, os trens,
o perdão, o abraço,
e tudo o mais, que contribua
para a beleza do céu,
a pureza do mar,
menos lixo nos rios,
o prazer de viver,
a beleza de amar.
- por JL Semeador, em 22/09/2009 -
Pub. Recanto das Letras: 22/09/2009
Cód. texto: T1824189
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