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terça-feira, 10 de agosto de 2010

CARINHO





Esse amor que me ata fortemente a ti
Com grilhão de vínculos inoxidáveis,
Desestrutura minhas quietações
E cria em mim esta saudade que não morre
Que vai me matando aos poucos,
E se fazendo cada vez mais árdua,
Diante de uma distância que se alonginqua
Quando a voz desaparece no gargalo da garganta
E a imagem se faz pálida nas reticências do olhar.

Fico impotente diante dessas longitudes artificiais:
- Não consigo voar com a velocidade da luz!

E assim vou vivendo uma espera doída
Dentro de uma esfera doida,
A minha vida,
Onde só sinto apartamentos.

Porque, mais do que os carinhos que certamente me farias,
Sinto falta dos carinhos que preciso te fazer,
Incondicionalmente.

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