Seguidores

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O LOBO E A MULHER


Sim... Esse lobo beija..
De forma suave sua face querida...
Deixa o frescor de minha umidade...
E todo meu carinho...
E se a lua não for cheia a alma transborda...

O beijo no rosto me emocionou...
Parece que sinto o jeito terno.
A umidade dos lábios sazonou,
Do coração, o chão ressequido e ermo...
O carinho me roubou a pouca lucidez.
E como não é lua cheia...
Rendo-me a minha insensatez...

De sua insensatez
Fiz-me homem
E de homem
Pouco jeito...
Mas sou mais poeta que qualquer outra coisa
assim como a dona da face que atrevi...
Deixo entregas meus pés acostumado com o chão •inóspito...
E com sua face macia e cheiros amendoados...

Fez-se homem, e de carona no vento.
Chegou afugentando a solidão...
O “pouco jeito” gerou reticências...
É fato, somos poetas, portanto, sensíveis.
Você, por ser poeta se atreveu?
Eu, por ser mulher... Permiti.

E por permissão
Por assim dizer
Por assim sentir
Por assim ficar
com essa emoção...
Da lua
Apostando certo que ela virá
Quem podia ser cordeiro
ficou mais feminina
E eu lobo mais bobo...

A feminilidade é palpável...
Consciente disso espero também.
A lua cheia, que excede o infinito...
Traz à tona do lobo os traços típicos...
Que fará do cordeiro, refém...

Não hoje...
De voraz
manso...
De espreita, campo aberto
Renuncia a garras e presas
Há de ser meu toque
posse de seu coração
Por meu olhar, perceba,
agora adestrado...
Quem é refém?


Esse espreitar dócil e de corpo aberto.
Deu vivencia aos meus sonhos sutis...
Abro mão das garras, só quero o olhar.
Aquele que quebra o verniz do bom senso...
E para confirmar o que já sabe.
A posse do meu coração, já tem...
Quem é refém de quem?

Por Gloria Salles e Lupi Poeta

Nenhum comentário: