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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DE TI!



Terríveis foram as horas
Passadas ao largo do tempo
Sem poder ouvir os sinos de Antares
E nem ao menos, tão pouco teus olhos
Mar profundo e profano de meu eu.

Terríveis horas em poço fundo
Deserto de alma carente de ti
Vidraças opacas e impenetráveis
Varridas de vento pelo lado avesso
Enquanto meu barco ancorado ficava.

São saudades amada minha
Veste de peregrino que não compreende
A ferida aberta em seu peito rasgado
Por tão pouco e tão muito
Da lonjura de ti.

Santaroza

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