segunda-feira, 6 de setembro de 2010
O VENTO DO TEMPO (MEU PAI)
MARCAVA SUA SINA SEU ANDAR
O CINGIDO DOS LABIOS APONTAVA
A COR ASPI QUE TINHA NOS CABELOS
JÁ DIZIA O TAMANHO DA JORNADA
A MANEIRA COMO ELE CAMINHAVA
OS RISCADOS QUE TRAZIA NO ROSTO
CONTRASTANDO ENTRE FORÇA E DESCONFORTO
SEU SEMBLANTE POR SI SÓ ILUMINAVA
OS SONHOS QUE A TANTOS INSPIRAVA
MISTO DE SERIEDADE COM BRANDURA
FEZ DE MIM PEQUENINA ALMA PURA
APRENDIZ DAS BONDADES QUE ALMEJAVA
MAS VEIO NO VENTO O TEMPO QUE É ATROZ
E LEVOU TÃO CEDO MINHA INGENUIDADE
POR CERTO TEMPO A MORTE COMO ALGO
DEIXANDO UM ÓRFÃ AINDA EM TENRA IDADE
REPOUSA AGORA MESMO QUE OBRIGADO
O QUE HÁ POR CERTO A TODOS LÁPIDE FRI
ESPERO REVER-TE EM BREVE E NO DIA
DIZER-TE A QUANTO TENHO TE ESPERADO
NÃO TE SURPREENDAS SE VELHA PAREÇO
SOU A MESMA MENINA DIGO ACREDITAI
MAS JÁ OFUSCADA TAMBÉM PELO TEMPO
AQUELE DO VENTO QUE LEVOU MEU PAI.
DALVALENE 13.08.2003
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