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terça-feira, 13 de abril de 2010

MERGULHO


O teu olhar denso
refestela-me em despertar
sonhos bordados com teias,
sem sedas

Vôo nas asas previsíveis
da última saudade,
onde ouso pousar
a alma descalça
em terrenos alheios
mergulhada entre o silêncio e a luz

Teus sons vagueiam rasteiros
com ruídos potentes
fraudando metáforas,
florescendo sem subtrações,
na saudade e ausência


Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 04/04/10
Código do Texto: T2177402

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