
Quando passas por mim depressa, indiferente,
e não me dás sequer, um sorriso... um olhar...
- como um vulto qualquer, em meio a tanta gente
que costuma nos ver sem nunca nos notar...
Quando passa assim, distraída, nesse ar
de quem só sabe andar olhando para frente,
e finges não me ver, e avanças sem voltar
o rosto... e vais seguindo displicentemente...
- eu penso com tristeza em tua hipocrisia...
Ninguém sabe que a tive ao meu amor vencida
e que um dia choraste... e que choraste um dia...
Mas para que contar? Que sejas sempre assim,
e que ninguém descubra nunca em tua vida
as razões por que passas sem olhar pra mim!...
J.G de Araújo Jorge
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