
Comovido, Jenário conta esta história para Mirian
ANDORINHAS
Quando em criança, lembro das tardinhas
E da cor rubra, de tantos ocasos.
Bem lá no centro das lembranças minhas
(... E aí me enchem d’água os olhos rasos!)
Me vem o vôo sutil das andorinhas,
Que ao frenesi do seu bater de asas,
Cruzavam o céu em sinuosas linhas,
Fazendo evoluções no vão das casas.
Recordo ainda o que mamãe dizia;
- São as Andorinhas, aves benfazejas,
Deus as fez só pra alegrar Maria
Quando iam brincar com seu Jesus menino.
Por isso agora, moram nas Igrejas
Nas altas torres onde bate o sino.
Jenário de Fátima

Também comovida, Mírian conta esta história para Jenário
AVES SANTAS
As andorinhas partiram em revoada,
Quando o sino tocou no campanário.
E assim ao vê-las, fico extasiada,
Se vão, ou chegam, que lindo cenário!
E enquanto seguem os fiéis, a procissão,
Da minha infância, lembro linda história,
Que me confrange sempre o coração,
Quando revivo, isto, na minha memória.
“Toda a paixão acompanhou uma avezinha,
No bico, um ramo de oliveira - tanta luz!
E quando a cruz se ergueu, a pobrezinha,
Gotas do ramo, colocou nos lábios de Jesus.
Foi tanto o sangue que ensopou suas azinhas,
Que não pode voar... morreu aos pés da cruz!”
Mírian Warttusch
http://www.orizamartins.com/poesias-jenario-mirian-andorinhas.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário