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sábado, 10 de abril de 2010

A Poesia


A tua graça estranha rege o meu destino...
Com peito de ouro e rubro me fizeste em paixão.
Em meus desejos fizeste morada, e a desatino,
Por teu amor eloqüente me prendeu o coração.

As entranhas pertencentes, e ambiciosas do medo,
Que são no teu corpo de uma fragrância desejosa
Designaram em mim tentações, e em segredo
Eu as tenho nas mãos, sem que imperes, formosa.

Como és de mim a vida, o som, o ar...
Mais do que pude ergui-me, aos devaneios loucos.
E como pusestes aos céus as minhas noites de luar,
Condenado em ti, vejo-me findar, aos poucos.

Tu és a tormentas que me constrói à eternidade...
O fastigioso mal que me impera, para o amor nobre;
é quem me falta à vida, nos dias de saudade...
Mas é a que me ama! Que me intui, e que me cobre!

(Poeta- Dolandmay)

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