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quarta-feira, 24 de março de 2010

BAGAGEM


Deixo minha bagagem e vou só,
Não quero acompanhante na travessia,
Sou a dor que se esvai aos poucos
Quero descanso na minha vida.
.
Nos meandros que me embrenhei
Não saio dos labirintos,
São estranhas curvas no caminho
É o passado que grita sem ouvido.
.
Nostálgica poesia de minha alma
Formada de lembranças perdidas,
Presente estático na memória
Futuro sem ter como andar sozinha.
.
Assim os caminhos vão se perdendo
Nas curvas que a vida faz,
Meu coração fere de saudade
De um tempo que não volta atrás.
.

MÁRCIA ROCHA

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