
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.
Vinicius de Moraes
2 comentários:
ESSE É UM DO SONETO MAIS LINDO!
SÃO AS PALAVAS QUE NÃO ESQUECEMOS...
O AMOR VERDADEIRO!
REFINADA ESCOLHAS AMIGA DE SEUS POEMAS... E PARABÉNS POR TRAZER O DE MELHOR PARA NOSSO CANTINHO....
BEIJOS ETERNOS!
ADRIANA lEAL
Maria querida!!!
Que maravilha poder ver a sua participação tão linda nessa iniciativa de Adriana, com parceria do meu não menos querido Hernane!!
Parabéns!Amo esse Soneto, um grande clássico, principalmente esse fragmento:
(...)Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo(...)
Um grande beijo!!
Reggina Moon
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