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sexta-feira, 12 de março de 2010

CORVO
























O vento bate em meu corpo em leve soprar,
Solto-me ao léu por sobre o abismo de amor,
Sinto as lagrimas escorrerem em meu corpo,
Me banhando os seios e molhando minhas asas

Sou ave de rapina, mulher guerreira,
Mas sei que sozinha não há cura para a dor,
Sou um corvo em busca de sua presa fácil,
Há muito que não sinto o amor

Me sinto meio híbrido nesses momentos,
Onde o sim e o não vagueiam sem rumo,
Me mostra a dor do parto que nunca tive,
Na silhueta bela desse meu corpo de mulher

Sou a personificação do mal, em busca do bem,
A dor que me vai no íntimo eu mesmo criei,
E ao cortar o cordão umbilical da vida,
Parei de planar por entre os vales rochosos

Me atirei de corpo e alma para dentro do abismo,
Não sei retornar e nem consigo as asas bater,
Me sinto fraca e precisando de asilo,
pois a falta de amor me faz a cada minuto morrer

Quero a presa e o sangue que jorra,
Das feridas mundanas que eu mesmo causei,
Procuro facilidade e me prostituo na vida,
Pois nesses momentos esqueço a quem tanto amei

Sou linda, voraz e quiçá verdadeira,
Sou tudo aquilo que sempre busquei,
Sou corvo na briga diária por alimento de vida,
Jamais serei a mulher que sempre sonhei

"A inspitração não tem sexo nem sentimento...
somente força o suficiente para se fazer entender!
Por esse motivo Ela sou Eu e vice-versa..."
Carlos Falcão

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