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sexta-feira, 5 de março de 2010

“A mensagem do mar” - Soneto
























Dinamitei o cais cheio de espaços precários
Espargindo fragmentos de minhas emoções
Pedi ao mar que levasse os sonhos solitários
Numa concha qualquer guardei as recordações

Encarcerei os sonhos que andavam a deriva
Tranquei os pactos alicerçados no amanhã
Não ouvi a censura das vozes prerrogativas.
Rabisquei versos vagos, cheios de rimas vãs.

O conceito de certezas castas, a maré levou.
E na dúvida do momento repudiei a crença
Abandonada na areia, a onda meu pé beijou.
Irrigando o solo árido da minha indiferença

Entendi a mensagem composta neste azul abissal
No meu poema há reticências, jamais ponto final.

Glória Salles
09 outubro 2009
00h12min

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