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quarta-feira, 3 de março de 2010

Amor eterno!



















A tarde já tem olhos de noite, e cansada se deita ao relvado esperando por estrelas e por um vento que lhe sopre as saias, que lhe arrepie o dorso, que lhe enrubesça as faces, que lhe roube um sorriso, que lhe faça feliz em meio aos cochichos do mar.
Á tarde tu és morna como a tarde, á noite ardes em teu próprio feitiço e uivas com as matilhas que passam encantadas com a lua que já se desnuda no por vir, mais tarde me devoras em lânguidos gemidos, e pálida tal e qual a lua que nos espia declaras-me amor eterno!


Santaroza

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