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segunda-feira, 1 de março de 2010

“Desejo de voar”


Por vezes, imobilizada e muda o ar me falta.
Destemida, quero o domínio de minha historia.
Por vezes retenho anseios que em mim ressalta
E imóvel, abandono no trajeto, minha memória.

Por vezes, vejo as possibilidades embargadas.
E meus débeis gestos se dissimulam em evasão
Por vezes a liberdade que me é devida, tombadas.
Dissimulo atos aflitos, mascarando a emoção.

Por vezes, quero só respirar o odor da aragem.
Tantos vínculos que me aprofundam, refrear.
Por vezes impor ao silêncio minha linguagem
Apagar vestígios que o tempo traz ao paladar

Por vezes, desejos secretos, esmaecidos, alforriar.
Dispersar as borboletas, num livre e pueril voejar.

Glória Salles
28 setembro 2009

6 comentários:

Vóny Ferreira disse...

Este bonito poema já o conheço do teu blog.
Dá notícias (miúda) se não me queres ver zangada contigo!

Tenho saudades tuas!
Beijo
Vóny Ferreira

Vóny Ferreira disse...

Este bonito poema já o conheço do teu blog.
Dá notícias (miúda) se não me queres ver zangada contigo!

Tenho saudades tuas!
Beijo
Vóny Ferreira

Carlos Teixeira disse...

Soneto ventado a memórias.

Que bons ventos te acolhem.

Abraços, nossa "Vinicius" de saias..

Carlos Teixeira

William Marmonti disse...

Gloria....pequena, grande poeta.
Toda luz só se emana de uma fonte cristalina e pura , elementos que em sintonia com a alma e corpo criam energia, fogo interior , emanando de dentro pra fora , somada à aura bendita...toda forma materializada do dom AMOR....
Tuas poesias trazem essa luz , todo explendor de uma alma " gigante", solar....
Parabéns !!!
un bacio
WilliamWilliam Marmonti

Maria verde disse...

Oi Glória!
teus sonetos fluem como fonte de águas puras que
correm ao rio e chegam sempre ao mar!
sempre envolvente e musical.
beijo

Maria verde

Silvério disse...

Surpreende sempre a forma com que se passeia pelos sonetos. E a forma com que deixa sempre algo (muito) de si mesma naquilo que escreve.

Beijo..