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sexta-feira, 12 de março de 2010

IRREAL



















Olho as curvas retas do meu paradigma,
E mergulho no mar de vento do chão,
Perambulo por entre as rochas gélidas do Saara,
Na busca sem retorno do Santo Graal

Nesses momentos meu relógio parado corre,
E me mostra quão certo é meu erro,
Me fazendo rir de tantas lágrimas que solto,
E a tristeza me maltrata e me deixa enfermo

Sou feliz grito do alto da torre,
Com a espada em punho mirando o chifre do dragão,
Salvo a princesa e mato-a no mesmo instante,
Pois percebo que ela nem era tão bela assim

Corre em busca do fim do arco-íris,
E com meu trenó puxado por gnomos chego lá,
Desço e percebo que é tudo mentira,
São pequenos potes de guache refletindo o sol

Pulo na cachoeira dos cachos de seu cabelo,
Para parar nas profundezas de seu colo,
Estagnado em seu seio me mostro cansado,
Já é meio dia e volto a sorrir querendo chorar

E nesse momento meu amor por ti me cega,
Pois notei que és burra por querer me amar,
Sinto que a cada movimento é impossível a volta
Pois minha realidade faz a minha loucura aumentar


CARLOS FALCÃO

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