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sábado, 6 de março de 2010

"FOI REAL..."





















O tilintar das taças não foi mera utopia
Nem a simultaneidade das respirações
Menos ainda o calor das mãos ávidas
Que desenharam famintas, minha anatomia.
Foi verdade o arrepio quando a indolente
barba roçava e marcava meus recantos
E o olhar dentro do olhar denunciou
o braseiro que queimava mossas entranhas...
No sorriso indecente a certeza do prazer.
E quando as borboletas enfim silenciaram...
Sentindo-o ainda nos recônditos de mim
No peito ainda arfante adormeci lânguida
Envolta nos braços que adornou meu cansaço...
A madrugada nos envolve e lasciva se alonga
Na pele, tuas digitais pra sempre tatuadas.

Glória Salles
26 setembro 2009

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