sábado, 6 de março de 2010
"PEDE"
Pede, e recosto em seu peito condescendente.
E ouço suas dóceis e envolventes juras de amor
Pede, e deixo-me persuadir pela cumplicidade.
Do olhar enigmático e oculto que revelam ardor
Pede, e não permito entre nós nenhum espaço.
Deixo seu sorriso aberto me enlear as vontades
Pede, e consentida, respiro feliz no seu compasso.
E deixo o desconhecido ganhar ares de realidade
Pede, e alço vôo no azul do seu corpo sedento.
Deixo seus afagos, me caçarem ousadamente.
Pede, e deixo o corpo falar, no crucial momento.
E entre sussurros e sorrisos, recebo-o no ventre.
Por fim, se lacônico ou inesgotável, estes laços.
Pede, e me abandono na paz dos seus abraços.
Glória Salles
26 outubro 2009
23h57min
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