
Amo-te disseste e meu corpo perdeu peso, levitava
pois minha alma alcançara os umbrais de la dita
logo o silencio frio da noite tomou espaço... desdita
no escuro manto, apaixonado em saudade sufocava
acompanho-te aonde fores jurastes sobre pranto
e os caminhos se abriram sob a palma da mão
nem saiu a estrela d'alva, cama vazia de antemão
te fostes do meu lado deixando o desencanto
o coração calou como os pássaros calam de súbito
pressentem o terremoto e assumem o tenaz medo
no peso da solidão, tudo ficou distante... infinito
por toda vida a ouvi cochichar fazendo amor, boba
nos olhos aninhou uma lágrima, uma alegria úmida
as bocas vertente de mosto... agora são uma cova.
Edgar Alejandro
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