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quinta-feira, 20 de maio de 2010

QUASE MEIA NOITE


Com os cinco sentidos,
Distorcidos pelo cansaço,
Não tenho TATO!

Meto os pés pelas mãos,
E nada de bom eu faço.
Só estrago!

A VISÃO turva pelas lágrimas,
Lavam o meu rosto,
Salgam o PALADAR,
Queimam a minha boca.
Que transtorno!

A AUDIÇÃO percebe a música do vento,
Realçada pelo silêncio de quase meia noite,
E eu me envolvo...

O OLFATO capta o perfume suave,
Armazenado na “garrafa” da memória,
- cujo nome é Saudade -
É que me faz voltar no tempo...
E eu me acalmo.
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Ysolda Cabral

Publicado no Recanto das Letras em 18/11/2009
Código do texto: T1929782

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