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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mãos erradas



Fingir estar por fora das locas conhecidas
para que? Se nunca saiu daí foi ledo engano
ainda verte mel citrino nas fontes aquecidas
seus encantos missionários em outro mano

anseios escorregam pelos lábios em luxúria
tomam forma de ternura e pejo... Imaginário
o amor que fala é só fazer amor escrito... Seria
em papeis virtuais que somem da memória

pássaros sem assas levantam vôo do nicho
levam em seu peito de plástico um afago
delírios, sonhos possessivos de falsas fadas

fumaça de narguilé que entra dissimulado
e se expele sem dar muita importância
porem, se dá quando se vê de mãos dadas.

Edgar Alejandro

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