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quarta-feira, 5 de maio de 2010

FUGA



Quero perder-me da vida, para que ela não mais me magoe.
Sinto que sou estranha no contexto em que se projeta
os sentimentos que assisto.
Faço poemas para fugir da realidade sórdida que fere
sem piedade.
Mergulho nos meus pensamentos e neles faço morada.
Fora de mim, assisto com clareza a descrença e
a desilusão que povoa a altivez do homem mortal,
que nada vale sem a presença de Deus.
O amor retalhado em míseros desejos.
A alma pisada e sufocada na solidão dos sentidos.
O que se espera dos sentimentos reais e verdadeiros?
Quem somos hoje, dentro da selva material que mata
o mais puro amor?
Saber enfrentar a solidão já é uma vitória!
Nela me perco e me acho, ao sabor do aprendizado
e da tristeza que levo no meu caminho.

Márcia Rocha

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