terça-feira, 4 de maio de 2010
Tua pele!
Tenho no sangue o veneno do amor
Em cada osso o sabor dessa dor
Sou cavaleiro das roças da lua
Ceifo nas terras das mulheres nuas.
Não escondo ou nego que posso morder
Trago nos olhos o desejo de arder
Moro no céu nas estrelas do norte
Sinto teu cheiro e arrisco a sorte.
Já vi as bromélias das bordas de Vênus
Deitei nos canteiros de perfumes amenos
Usei de colar os anéis de saturno
Mas nunca encontrei um amor diurno.
São todos da hora em que a lua aparece
São todos fieira de uma mesma prece
Ah! Como queria um amor de jangada
Um amor de oferenda na água jogada.
Tenho nas veias o vírus do amor
Por isso é que falo sem nenhum pudor
A roupa que me veste é a tua pele
Porque vem de ti o sopro que me impele.
Santaroza
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